Dr. Eduardo Zanella Cardoso
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O que é um check-up oncológico?

É bem definido na literatura médica que os resultados alcançados no tratamento do câncer são inversamente proporcionais ao estado de disseminação da doença no momento do diagnóstico. Tumores com mais tempo de evolução, maiores e mais invasivos, geralmente estão associados a menor possibilidade de tratamentos com intuito curativo, seja por um acometimento local extenso, seja pela presença de metástases (disseminação à distância); o que implica obviamente um pior prognóstico.
Fica claro, portanto, que devemos insistir sempre na busca de um diagnóstico precoce. Ao diagnosticar um tumor maligno inicial, melhoramos muito as possibilidades do paciente, inclusive podendo oferecer tratamentos com alto percentual de chances de cura.
É clássico o exemplo da diferença histórica nos resultados do tratamento dos pacientes com câncer de estômago no Japão e no Ocidente. Os resultados japoneses sempre foram muito melhores, e aventou-se uma série de hipóteses do porquê dessa diferença (que os cirurgiões japoneses seriam mais meticulosos, que o biótipo do paciente oriental favoreceria o tratamento, entre outros). Hoje sabe-se que essa diferença se deve ao programa de rastreamento em massa do câncer gástrico a que a população era submetida, o que permitiu que a maioria dos casos fosse diagnosticada em fases inicias, ao contrário do que acontece no Ocidente, onde a maioria dos casos é diagnosticada em fases avançadas, explicando a diferença nos resultados.
Se você não tem diagnóstico de câncer mas se preocupa com a saúde, uma boa idéia é procurar um especialista para planejar uma investigação de rotina e sanar suas dúvidas. Alguns dados clínicos são considerados na elaboração de um programa de investigação com finalidade de check-up oncológico, isto é, realização de consulta e exames complementares em pessoas assintomáticas. Quando há alguma queixa, a avaliação deixa de ter um caráter de avaliação preventiva e passa ter uma finalidade de esclarecimento diagnóstico. Entre indivíduos assintomáticos, o check-up deve levar em conta a idade, o sexo, a presença de casos de câncer na família e a idade em que o diagnóstico de câncer foi feito no familiar.
Importante ressaltar que não existe um exame único capaz de diagnosticar todos os tipos de câncer. Para cada tipo de doença existem características, fatores de risco e comportamento evolutivo próprios, o que faz com que os exames solicitados também sejam diferentes.
Vale lembar também que a solicitação de marcadores tumorais com intuito de rastreamento não tem embasamento na literatura médica, e que pode inclusive ser prejudicial. Um resultado negativo pode trazer a falsa sensação de tranquilide, e um resultado positivo nem sempre significa a presença de um câncer, visto que algumas patologias benignas também podem apresentar valores aumentados de marcadores tumorais.
Podemos sugerir alguns exames a serem solicitados com a finalidade de check-up, como maneira de prevenção secundária (para indivíduos da população em geral, que não tenham risco aumentado por história familiar positiva ou que se encaixem em algum quadro de predisposição genética)

 

Para o homem:

a)História clínica
b)Exame físico
c)Próstata:
- Dosagem do PSA e toque retal, a partir dos 40 anos

Prostata

d)Cólon:
- colonoscopia de base aos 50 anos (preferível) ou;
- pequisa de sangue oculto nas fezes ou;
- sigmoidoscopia flexível

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A colonoscopia é semelhante a uma endoscopia digestiva alta. Nesse exame é introduzido um aparelho especial pelo ânus, sendo percorrido todo o intestino grosso e a parte final do intestino delgado, a procura de lesões, proporcinando a remoção via endoscópica de lesões pequenas, como a maioria dos pólipos, e a realização de biópsias de tumores de cólon.

Colonoscopia

e)Pulmão:
Rx tórax a partir dos 50 anos (discutível benefício na população geral, considerar em pacientes tabagistas).



Para a mulher:

a)História clínica
b)Exame físico

c)Prevenção de mama:
Mamografia de base a partir dos 40 anos (vide consenso da Sociedade Brasileira de Mastologia)

A Mamografia
Diversos estudos de âmbito mundial demonstraram que a realização da mamografia periódica em mulheres assintomáticas tem impacto importante na redução da mortalidade.
Os laudos de mamografia deverão ser preferencialmente realizados por médicos habilitados para tal interpretação. Embora a maioria dos estudos tenha demonstrado, de maneira mais clara, a redução da mortalidade nas pacientes acima de 50 anos, existem algumas publicações que mostram a redução da mortalidade, também, nas pacientes da faixa etária de 40-49 anos. Esta redução de mortalidade varia de 30 a 49% segundo os vários estudos relatados. De acordo com Tabar, observa-se, na atualidade, uma redução de 50 % na mortalidade pelo câncer de mama em relação ao período pré-rastreamento.
Intervalos longos de rastreamento impedem um diagnóstico mais precoce em pacientes com câncer de mama de crescimento rápido.

Recomendações:
1) A mamografia deve ser realizada anualmente em mulheres assintomáticas a partir dos 40 anos.
2) A mamografia pode ser realizada anualmente em mulheres de alto risco após 35 anos.
3) A mamografia pode ser realizada anualmente em mulheres com predisposição genética após os 25 anos.
4) Os benefícios do rastreamento mamográfico são superiores ao teórico risco da radiação.
5) Deveremos oferecer o rastreamento às mulheres idosas enquanto tiverem condição de se locomover aos centros de atenção a saúde e de receber tratamento.

Mamografia

 

Ultrassonografia
Não existem evidências na literatura que demonstrem redução da mortalidade pelo câncer de mama com a realização exclusiva da ultrasonografia como método de rastreamento.

Recomendação:
A ultrassonografia deve ser utilizada como método complementar à mamografia em mulheres de alto risco e em mamas densas, de jovens e grávidas.

Ressonância Magnética
Não existem provas a indicar a utilidade da ressonância no rastreamento de mulheres com baixo risco e suas indicações são as de uso clínico corrente (câncer oculto, uso de próteses, planejamento de cirurgia conservadora, etc.).

Recomendação:
A ressonância magnética, no contexto do rastreamento, é somente indicada, em associação ou em alternância com a mamografia, em pacientes de alto risco genético, sempre considerando o seu alto custo dentro da realidade brasileira.

d)Exame ginecológico:
É recomendado a todas as mulheres com vida sexual ativa consulta e acompanhamento, incluindo exame colpocitológico.
Uma dúvida comum entre as pacientes é se pacientes histerectomizadas (quando foi feita remoção cirúrgica do útero) precisam de acompanhamento: a resposta é sim, pois todo o aparelho genital feminino está vulnerável ao HPV, vírus responsável pelo desenvolvimento do câncer de colo de útero, assim como está associado a câncer de vulva e da vagina.

Papanicolau

 

e)Pulmão:
Rx tórax a partir dos 50 anos (discutível benefício na população geral, considerar em pacientes tabagistas).
f)Cólon:
- colonoscopia de base aos 50 anos (preferível)
- pequisa de sangue oculto nas fezes
- sigmoidoscopia flexível


Lesões de pele (ambos os sexos)

Feridas na pele que vem aumentando, lesões ulceradas, nódulos de tamanho crescente, lesões escurecidas, pintas antigas que se modificam, sangram ou alteram os contornos originais são sempre suspeitas e indicam a consulta de um especialista.
Os tipos de câncer de pele mais comuns são o carcinoma espinocelular e carcinoma basocelular, que tem um ótimo prognóstico se tratados adequadamente. Todos relacionados à exposição solar.
Um outro tipo de câncer de pele, conhecido como melanoma, é de um comportamento mais agresssivo, podendo desenvolver metástases mesmo a partir de pequenas lesões na pele. Podem se desenvolver de pintas antigas (conhecidas como nevus) ou aparecerem na pele previamente sadia. Portanto preste atenção!

 

A REGRA DO ABCD
Esta é uma regra prática usada pelos médicos para tentar reconhecer uma possível transformação maligna de um nevus

abc


Tem como prevenir o desenvolvimento de um Câncer?

Ao contrário do que se pode imaginar, conhecemos os fatores de risco causais do câncer em cerca de 80% dos casos. Entre os principais fatores de risco está o tabagismo, que além do câncer de pulmão, é fator de risco importante para tumores de boca, garganta, esôfago, bexiga entre outros. Cerca de 30% dos casos de câncer podem ser atribuídos ao cigarro, significando que se ele fosse banido hoje, em algumas décadas teríamos praticamente um terço a menos de casos de câncer.
Em um país tropical como o nosso, o sol representa um perigo constante para a pele. A exposição excessiva, por motivos variados, desde ocupacionais até lazer, constitui fator de risco extremamente importante. Além dos carcinomas, pode ocorrer um tipo mais agressivo de câncer de pele, conhecido como melanoma maligno, caracterizado em geral por uma pinta negra, que pode coçar ou apresentar alterações em seu tamanho. A prevenção do câncer de pele deve ser feita desde a infância, com protetores solares e exposição adequada ao sol, antes das 10 horas da manhã e após as 4 horas da tarde. Além dos raios solares, outras radiações ionizantes também devem ser evitadas em excesso, como os raios X, por exemplo.
Uma dieta inadequada também pode ser fator de risco para o câncer, principalmente relacionado ao trato digestivo. Dietas com excesso de alimentos condimentados, defumados ou conservados, gorduras de origem animal, carnes vermelhas, ou alimentos processados podem ser consideradas de risco para o câncer, principalmente de estômago, intestino grosso, mama e próstata.
Pensava-se que uma dieta rica em fibras fosse protetora em relação ao câncer, porém, hoje se questiona esse fato, pois ao que parece, o maior benefício é evitar os alimentos de risco, devendo-se assim estimular uma dieta balanceada, rica em alimentos frescos, principalmente frutas, legumes e verduras, de preferência livre de agrotóxicos. Outro fator de risco importante, que deve ser considerado, é o consumo excessivo de álcool, principalmente destilados, que estão relacionados com tumores de boca, garganta, esôfago e estômago.
Os vírus também constituem fator de risco importante para alguns tipos de câncer. O principal deles é o Vírus do Papiloma Humano ou HPV, que está diretamente relacionado ao câncer de colo de útero e câncer de ânus, podendo ser transmitido por contato sexual. Existem exames disponíveis para o diagnóstico e identificação da presença do HPV. Mulheres devem fazer exame ginecológico de rotina, e qualquer pessoa, homens ou mulheres, sob risco devem fazer exames preventivos. O vírus da hepatite B também pode ser considerado como fator de risco para câncer de fígado, podendo ser transmitido por contato de secreções ou transfusão de sangue. A vacina é disponível e deve ser indicada para indivíduos sob risco de contágio. 


Tenho casos de câncer na família? O que fazer?

Quando adoecemos as primeiras alterações ocorrem no nível dos nossos genes. O câncer é a transformação de uma célula normal em um célula cancerosa (maligna).
Os agentes físicos (ex. raios solares); químicos (ex. derivados do tabaco); os biológicos (alguns vírus como o da hepatite B e do papiloma HPV), transformam os genes normais, chamados de protooncogenes em genes produtores de câncer, chamados de oncogenes.
No entanto em alguns casos, o defeito genético é passado do pai ou da mãe para o filho, e adquirindo-se mais algumas alterações nos genes no decorrer da vida, pode se desenvolver uma neoplasia maligna. Os cânceres hereditários são responsáveis por 15% do total de casos. Deve-se suspeitar de câncer hereditário quando há acúmulo de casos na mesma família e quando há desenvolvimento de câncer em pacientes jovens.
Há quadros que se encaixam dentro de síndromes genéticas, onde o desenvolvimento de um câncer é praticamente certo se não forem tomadas providências (como em pacientes com sídrome da polipose adenomatosa familiar, que tem alta incidência de tumor de intestino grosso, entre outros).
Mas há também casos onde se nota uma concentração de pessoas na família com diagnóstico de câncer, sem que possamos enquadra-los em alguma síndrome específica. Esses indivíduos também tem risco aumentado e necessitam de avaliação especializada.
Portanto, se você tem familiares com câncer, está com dúvidas, quer saber sobre o risco de câncer hereditário, consulte-nos.


Estatísticas de Câncer

O termo câncer é utilizado genericamente para representar um conjunto de mais de 100 doenças, incluindo tumores malignos de diferentes localizações. Importante causa de doença e morte no Brasil, desde 2003, as neoplasias malignas constituem-se na segunda causa de morte na população, representando quase 17% dos óbitos de causa conhecida, notificados em 2007 no Sistema de Informações sobre Mortalidade.
Em 2010, são esperados 236.240 casos novos para o sexo masculino e 253.030 para sexo feminino. Estima-se que o câncer de pele do tipo não melanoma (114 mil casos novos) será o mais incidente na população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (52 mil), mama feminina (49 mil), cólon e reto (28 mil), pulmão (28 mil), estômago (21 mil) e colo do útero (18 mil).(Figura 1)
Os tumores mais incidentes para o sexo masculino (Tabela 1) serão devidos ao câncer de pele não melanoma (53 mil casos novos), próstata (52 mil), pulmão (18 mil), estômago (14 mil) e cólon e reto (13 mil). Para o sexo feminino (Tabela 2), destacam-se os tumores de pele não melanoma (60 mil casos novos), mama (49 mil), colo do útero (18 mil), cólon e reto (15 mil) e pulmão (10 mil).

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Fonte: Instituto Nacional do Câncer

 

Cuidados Pós Esvaziamento Axilar
Publicado em 22/04/2009
As orientações abaixo devem ser discutidas com o médico assistente da paciente antes de inicia-las.

Cirurgia é a conduta mais comum e o principal tratamento local para o câncer de mama. Além do tumor, o cirurgião remove os linfonodos (gânglios linfáticos) da axila. Este procedimento pode ser classificado como uma biópsia axilar ou esvaziamento axilar. Os gânglios linfáticos filtram a linfa que flui da mama para outras partes do corpo e é através destes que o câncer pode alastrar-se.
O Câncer de pele do tipo melanoma também tem a capacidade de se disseminar via linfáticos, e dependendo da profundidade de invasão da lesão primária e da presença ou não de gânglios linfáticos doentes, pode ser necessário uma cirurgia de esvaziamento axilar.
Quando os gânglios linfáticos das axilas são removidos, a circulação da linfa, no lado em que a cirurgia foi feita, sofre uma alteração, tornando mais difícil seu retorno para o corpo. Devido a este processo, você terá riscos maiores de desenvolver linfedema (inchaço) no braço e/ou na mão, imediatamente após a cirurgia ou até mesmo, após alguns anos.
Linfedema é o acúmulo de fluido linfático nos braços e mãos, que pode ocorrer após a retirada ou irradiação dos gânglios linfáticos axilares. Isto ocorre quando há extravasamento da linfa dos vasos e gânglios linfáticos para outros tecidos, provocando inchaço, dor ou ambos, no membro afetado.
O médico deverá encaminhar o paciente a um fisioterapeuta especializado, que dispõe de diversas técnicas e recursos para prevenir, controlar ou eliminar o linfedema.
É a chamada drenagem linfática, muito utilizada em cirurgias plásticas estéticas e reconstrutoras.
O fisioterapeuta fará um programa de tratamento individual, baseado em sua avaliação e nas informações recebidas pelo médico. Assim, este acúmulo de fluido linfático nos braços e mãos poderá, gradativamente, reduzir quase completamente.

COMO REDUZIR O INCHAÇO PÓS-OPERATÓRIO

Imediatamente após a cirurgia e durante as seis semanas seguintes, você poderá ter algum edema no braço do lado da cirurgia. Este edema é temporário e poderá, gradualmente, desaparecer. Para ajudar a aliviar este edema temporário, desde que o médico assistente permita, siga as seguintes recomendações:

1. - Ainda no hospital, logo após a cirurgia, eleve o seu braço afetado, apoiado em travesseiros, de forma que sua mão fique mais elevada que seu ombro. Faça isto enquanto estiver deitada, duas a três vezes ao dia, por 45 minutos.Não afaste seu braço afetado do tronco (movimento popularmente chamado de abrir as asas). Com isso seu músculo peitoral maior não forçará a cicatriz operatória e também, no caso da cirurgia plástica reparadora ter sido realizada no mesmo ato, evitará tensão no retalho músculo cutâneo empregado ou na prótese utilizada.
2. - Nesta posição elevada, exercite seu braço, abrindo e fechando a mão, de 15 a 25 vezes. Este exercício ajudará a reduzir o inchaço, por promover o retorno da linfa à circulação geral do corpo.
3. - Use o braço afetado para pentear o cabelo, banhar-se, vestir-se e alimentar-se, somente se a equipe operatória permitir.
4. - Não carregue peso com este braço.
5. - Continue os exercícios e siga as instruções do seu médico e fisioterapeuta.

O braço do lado em que a cirurgia foi feita deve ser poupado de:
* injeções ou coleta de sangue para exames;
* medição de pressão arterial;
* carregar peso;
* ferimentos e traumas;
* exposição prolongada ao sol sem uso de filtros ou bloqueadores solares.

O braço do lado operado requer alguns cuidados permanentes:
* não use anéis, relógios e pulseiras apertados;
* não vista roupas justas ou com elásticos que possam dificultar a circulação;
* não use bolsa tiracolo no ombro do lado em que foi feita a cirurgia.


COMO PREVENIR INFECÇÕES E QUEIMADURAS

Como já mencionado anteriormente, com a remoção de gânglios linfáticos, a circulação da linfa no braço afetado torna-se mais difícil, portanto, mais suscetível a infecções.

Para preveni-las, siga as recomendações que seguem:

* os cuidados com as cutículas são explicados mais abaixo;
* use somente barbeador elétrico para depilar a axila do braço afetado. Não use lâmina de barbear, cera ou creme depilatório (limpe o barbeador antes e após cada uso);
* use somente desodorante sem perfume, indicado pelo seu médico;
* previna-se contra picadas de insetos (peça orientação sobre repelentes ao seu médico);
* use luva anti térmica, própria para cozinhar, quando mexer em panelas quentes ou manipular alimentos que estão no forno (convencional ou microondas) enquanto estiverem quentes, assim como quando mexer em lareira acesa;
* evite picadas de agulhas ou alfinetes: quando costurar ou bordar, use um dedal;
* para evitar que a pele resseque, formando micro rachaduras, hidrate a pele do braço e da mão, usando creme ou loção sem perfume, várias vezes ao dia;
* use luvas de borracha para mexer com tintas ou materiais tóxicos, para realizar trabalhos de jardinagem, lidar com animais domésticos (evite arranhaduras), lavar louça, roupa ou usar esponja de aço.

Procure seu médico se:

* tiver febre acima de 37,80C;
* qualquer parte do seu braço, mão ou axila afetada estiver quente, vermelha, ou se tiver aumento do inchaço.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Você pode continuar com as atividades que fazia antes da cirurgia, mas converse com o seu médico antes de iniciar ou retomar alguma atividade esportiva.
Você terá de seguir instruções específicas para medir a pressão arterial e quanto à coleta de sangue e injeções intravenosas, principalmente se você teve linfonodos retirados das duas axilas.

CUIDADOS COM AS MÃOS: A MANICURA.

Entre tantas formas de cuidados que dispensamos a outros e a nós mesmos, encontra-se um cuidado especial com nossas mãos: a manicura.
Para pacientes com linfedema ou sujeito a tal, o cuidado com a manicura deve ser redobrado, principalmente do lado do braço afetado.
No Brasil, é costume tirar a cutícula, e esse é um procedimento que deve ser evitado ao máximo em pacientes com linfedema.
O correto é hidratar a cutícula ao máximo, para evitar as dolorosas rachaduras e mantê-las sempre macias. Sugerimos colocar as unhas de molho em água morna por dez minutos uma vez ao dia, e em seguida aplicar uma fina camada de vaselina para manter a hidratação por mais tempo.

Na hora de ir a manicura, siga alguns passos simples e seguros:

1º - Tire todo o esmalte velho com um removedor de esmalte. Evite acetona, pois a mesma desidrata as unhas e cutículas.
2º - Corte as unhas sempre que necessário, não muito rentes e nem com cantos muito arredondados.
3º - Evite lixar as unhas com o movimento de serrote. Siga sempre uma mesma direção.
4º - Deixe as unhas de molho em água morna por dez a quinze minutos para amolecer as cutículas.
5º - Massageie as mãos por inteiro com uma generosa quantidade de creme hidratante. Comece pela ponta dos dedos, incluindo as unhas e vá em direção aos pulsos, adicionando mais creme sempre que necessário.
6º - Umedeça pedaços de algodão e coloque-os sobre as unhas e cutículas. Espere alguns minutos.
7º - Após a retirada do algodão, afaste as cutículas suavemente com um empurrador de cutículas previamente esterilizado (coloque-o em água fervente por 10 minutos, escorra a água e deixe-o esfriar).
8º - Use um pouco de creme com protetor solar com FPS (Fator de Proteção Solar) 30, retirando o excesso na região das unhas após alguns minutos, com uma toalha macia e limpa.
9º - Aplique uma base transparente e esmalte nas unhas como seu costume, evitando esmaltes escuros, pois assim você diminui a necessidade de removedor para retirá-lo, preservando as cutículas de mais ressecamento.

Continue hidratando as cutículas com água morna, vaselina ou creme hidratante (nunca use creme esfoliantes), sem dispensar o protetor solar nas mãos e braços, após ter ido a manicura regularmente.

Mesmo com todos esses cuidados, lembre-se de sempre consultar seu médico ao primeiro sinal de inflamação.

 

Dr. Eduardo Zanella Cordeiro | Cirurgião Oncológico - CRM 10957
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